A Hospitalidade é um dos elementos característicos da nossa espiritualidade Beneditina .Nossa Regra de vida,no cap. 53, estabelece que “Todos os hóspedes que chegam ao Mosteiro sejam recebidos como se fossem o Cristo em pessoa. Desta visão teológica deriva o modo de acolher os hóspedes “com toda a humanidade”.
Até que terminemos a construção do projeto completo do mosteiro temos somente uma pequena hospedaria para acolhimento das pessoas que desejarem um maior encontro com Deus e consigo mesmas, por meio da oração, do silêncio, da solidão, numa área rural magnífica.
As pessoas interessadas em fazer retiro, sós ou em pequeno grupo devem comunicar-se conosco para agendar.
A hospitalidade representou sempre a forma mais autêntica do apostolado beneditino. O encontro humano, se for profundo, é uma troca de bênçãos. Quando acolhem o hóspede, as monjas se tornam hóspedes de Deus e o hóspede que retorna ao seu ambiente leva consigo o transbordamento do mosteiro e da experiência de Deus aqui vivida.
"O Mosteiro não é somente a casa das monjas, mas Casa de Deus para todos."
Pela liturgia
Os mosteiros femininos normalmente não assumem tarefas pastorais porém exercem um vivo apostolado pela própria irradiação de sua vida monástica.
Nossa primeira forma de irradiação é o acolhimento na liturgia. Nossos momentos de oração comunitária são sempre abertos e podem participar todas as pessoas que desejarem. Para isso temos os livros e folhetos preparados.
Para grupos de reflexão e estudo
Grupo de estudo dos salmos.
Encontros de reflexão e oração, organizados pelo Mosteiro ou solicitados por grupos.
Retiros individuais ou em pequenos grupos, solicitados pelas pessoas ou programados pelo Mosteiro.
Com o seu trabalho as monjas mantém a casa e conseguem o que é necessário para viver. E servem também à Igreja e à cidade. No cuidado dos pobres cumprem o dever da solidariedade e fazem também a experiência de Deus pois “especialmente na pessoa destes Cristo é recebido.” (Regra de São Bento 53,15).
A oração, o trabalho e o estudo estabelecem o ritmo saudável da vida no Mosteiro. Não são atividades que apenas se alternam mas entrelaçam-se numa unidade que pode ser perfeita, na medida de cada uma. Todas as tarefas têm o mesmo objetivo: fazer crescer o Reino de Deus.
Já falamos sobre a oração. Vejamos agora as nossas oficinas de trabalho.
Cozinha – onde procuramos de fato, exercer a Arte Culinária, como expressão da caridade fraterna servindo também com Beleza, como forma de contemplação.
Ateliê de restauração de imagens : onde as irmãs encarregadas procuram restabelecer a integridade e a dignidade das imagens utilizadas no culto e na devoção das pessoas.
Ateliê de velas, onde são confeccionados e decorados círios pascais e velas ornamentais.
Oficina de costura e bordado, onde se fazem vestes litúrgicas e roupas para nossa casa.
Ateliê de tricô e crochê, com variedade de trabalhos artesanais.
Cartões e mensagens de bom conteúdo espiritual e artístico, na medida do possível.
Horta, pomar e jardim. Na atividade com a terra buscamos nossa manutenção e organizar nossa propriedade como um lugar propício à contemplação e aprazível, na linha da beleza de nossa cidade de Santa Cruz.
Loja de artesanatos, onde comercializamos os produtos de nosso trabalho, além de medalhas de São Bento, Terços e outros objetos religiosos.
A Liturgia das Horas santifica o dia e o trabalho humano. Baseada nas orações judaicas e na tradição dos apóstolos, tem no Ofício de Laudes, ao nascer-do-sol, e no de Vésperas, ao pôr-do-sol, seu eixo principal. Desdobra-se durante o dia e a noite, nos momentos denominados Horas.
Nas últimas horas da noite celebramos um ofício longo, iniciado por um invitatório e seguido de hino, salmos, leitura bíblica e leitura patrística, com seus responsórios e uma oração determinada pelo dia litúrgico.
Com o nascer do sol celebramos a Ressurreição de Cristo com hinos e salmos. É o louvor da Igreja pela natureza que desperta e pelo mistério de Cristo ressuscitado.
O costume litúrgico do Oriente e do Ocidente adotou essas Horas que pontuam o dia. Relaciona-as com a Paixão do Senhor e a pregação inicial do Evangelho. São a oração da Igreja em meio ao trabalho. É Cristo clamando no pobre, nos que sofrem e estão oprimidos, nos situados à margem, nos que necessitam de salvação, enfim, é a dimensão da cruz e do mistério pascal.
Ao pôr-do-sol louvamos o Senhor por todos os trabalhos realizados e pelos dons recebidos durante o dia. O sol declina, vem a noite, vem o descanso do trabalho. Estes fatos são o ponto de partida para o louvor. Lembramos também nossa própria redenção e elevamos nossas mãos como incenso na presença do Senhor. Para que nossa esperança esteja naquela luz que não tem ocaso ‘oramos e pedimos que a luz venha de novo a nós, rogamos pela vinda gloriosa de Cristo, o qual nos trará a graça da luz eterna.’ Nesta prece agradecemos todo o bem realizado durante este dia, em nós mesmas e em todo o mundo.
Última oração do dia. Pedimos a proteção de Deus para a noite. Nela realçamos o aspecto escatológico e de entrega da pessoa a Deus. Os salmos que rezamos são tradicionais salmos de confiança, que já constituíam a oração da noite dos israelitas e da Igreja primitiva. Terminamos este Ofício cantando uma antífona dirigida a Maria, a cuja proteção recomendamos nosso sono e nosso repouso.
A partir deste momento reina no Mosteiro o grande silêncio, tempo fecundo e envolvente que nos conduz, restauradas e despertas, ao louvor do novo dia.
Nos dias comuns, celebramos a Eucaristia às 7:00 horas.
Às 2ª-feiras, a celebração se dá às 17:30 horas.
Aos domingos porém,com a afluência do povo, celebramos às 9:30 horas.